O circo e a inação
No dia 21 de janeiro de 2023, o presidente da República visitou o território Yanomami para ver in loco, a situação em que se encontrava depois da política de extermínio indígena promovida por seu antecessor. O circo foi plenamente montado com inúmeras declarações de inúmeros personagens do governo, além da exposição massiva dos corpos esquálidos dos indígenas que sobreviveram. Parecia que a partir dali, tudo começaria a ser resolvido, inclusive com a remoção de mais de vinte mil garimpeiros que não tem como irem embora.
Passados mais de três meses, a impressão que temos é que o governo Lula só foi Roraima para criar uma super-impactante peça publicitária, pois no dia 30 de abril tivemos a notícia de que um indígena foi assassinado e outros dois ficaram feridos, por um ataque de garimpeiros, neste mesmo território Yanomami, e no dia 02 de maio correu a notícia de que oito corpos de garimpeiros foram encontrados no mesmo território, que claramente está em guerra deflagrada, e com o poder público totalmente ausente como dantes.
O que se esperava naquela visita do Lula e seu staf no dia 21 de janeiro, seria a criação de uma grandiosa força tarefa com dupla missão, a prioritária no salvamento dos índios e na recuperação ambiental, e a segunda na remoção dos mais de vinte mil garimpeiros da região, pois esses são trabalhadores também, os criminosos já haviam fugido da região com suas aeronaves e lanchas, e o resto foi abandonado a própria sorte. Neste caso, o aparato logístico das Forças Armadas teria que entrar em cena para retirar os garimpeiros e retorna-los as suas regiões de origem, e com o governo federal planejando políticas públicas de reintegração dessas pessoas no mercado de trabalho por outras frentes.
Mas o PT permanece sendo petista, que no governo faz jogo de cena até com a calamidade dos Yanomamis.
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