AGENTE COMUNITÁRIA DE SAÚDE É DEMITIDA APÓS DENÚNCIA SOBRE ATENDIMENTO NA UPA DE ITAPERUNA: PERSEGUIÇÃO POLÍTICA? - por Nathália Schwarz

A Agente Comunitária de Saúde Juliana Dias, que atua em Retiro do Muriaé, distrito de Itaperuna (RJ), foi demitida por telefone, de forma sumária e sem justificativa formal, segundo denúncias da própria comunidade. A decisão teria sido comunicada pela coordenadora Daniele Gouvêa, que informou que se tratava de “ordens superiores”.

Juliana esteve recentemente ao lado da avó de 104 anos, que passou por uma situação crítica de saúde e recebeu atendimento considerado negligente na UPA de Itaperuna. O caso só ganhou atenção após denúncia pública, quando então a idosa foi transferida.

Desde então, Juliana demonstrou insatisfação com a conduta da unidade de saúde, o que levanta a suspeita de que sua demissão seja uma retaliação política por ter denunciado os fatos.

A coordenadora Daniele Gouvêa teria marcado para conversar pessoalmente com Juliana e explicar os motivos do desligamento, mas não atendeu aos contatos desde as 8h da manhã desta terça-feira. Após insistência da profissional, a coordenadora limitou-se a repetir que “eram ordens superiores”.

Fontes locais apontam que Juliana é considerada uma das melhores agentes comunitárias de saúde da unidade, reconhecida por sua dedicação à população.

A comunidade de Retiro do Muriaé agora questiona: quem deu a ordem para essa demissão? Entre os nomes mencionados nos bastidores, estão o prefeito Emanuel Medeiros (Nel), o vice-prefeito Jair Bittencourt Neto, e o secretário municipal de saúde Sávio Saboia. Até o momento, nenhum deles se pronunciou sobre o caso.

O silêncio também se estende ao vereador da localidade, conhecido como Tatu, que não se manifestou sobre a demissão, aumentando a sensação de abandono entre os moradores.

Se confirmada a motivação, a demissão pode configurar perseguição política e assédio moral, práticas ilegais e graves.

A sociedade cobra respostas imediatas e a reintegração de Juliana Dias, caso fique comprovado que o desligamento foi motivado por retaliação.

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