O voto-munição, do ministro Fux-se!

A troco de quê o ministro Luiz Fux jogaria sua biografia na lata de lixo? Pois, ao observar as reações de juristas e jornalistas que cobrem o STF, as reações são de perplexidade e constrangimento. Alguns apontamentos nos dão a dimensão do absurdo, como por exemplo no fato do voto de quarta-feira, ele abriu mais divergências do que toda sua carreira no STF. 

Em seu histórico "punitivista" ele negou indulto à Daniel Silveira, somente em 2025 negou 99% dos habeas corpus que julgou, acolheu e julgou mais de mil processos dos vândalos do 08/01 por tentativa de golpe e abolição violenta do estado democrático de direito, condenando quatrocentos. Ontem (10/09) o ministro Fux deu uma guinada de 180º em sua forma de pensar, passando a ser um fervoroso garantista, contra a cúpula do golpe, pois o "mordomo" Mauro Cid ele condenou e validou sua delação, condenando também Braga Neto. Estranho mas é isso.

Dentro do STF, jornalistas relatam que a agressividade do Fux em seu voto eliminou completamente a possibilidade dele ter companhia na divergência, e assim forçar o julgamento para o pleno, com o julgamento tendente a se encerrar na primeira turma com o placar de 4 x 1, portanto, não há estratégia jurídica na postura de Fux-se.

Seu voto com quase TREZE horas de duração, foi prato cheio para as mídias bolsonaristas pautar as redes sociais, o dia todo com cards contendo recortes de suas contestações, servindo de combustível explosivo para reanimar a horda bolsonarista, não para encher as ruas, mais grave, talvez para incendiar e explodir outro oito-de-janeiro com o julgamento ainda em curso, inclusive com influência externa dos EUA. O voto de Fux-se, foi acima de tudo irresponsável com o país.

O que disse Fux em março de 2025, sobre o mesmo processo que ele julgou em setembro de 2025.