A apatia política e social, e o fim da Tenda Cultural

A "Tenda Cultural" foi iniciada no segundo governo Branca Motta, em 2010, idealizada por Martha Salim, ela teve duas edições no parque de exposições da CAVIL, e a partir de 2012 passou a ser realizada na praça Governador Portela. Tratava-se de um espaço para as manifestações culturais genuinamente bom-jesuenses e regionais, com a programação incrementada com artistas de vulto nacional mas que não estavam no topo do mercado, como José Renato do grupo Boca Livre, Eduardo Dussek, 14 Bis, Leone, Flávio Venturini e o trio Marcos Sabino, Dalto e Biafra.

Saiu o governo Branca Motta e entrou Roberto Salim, que não só manteve a Tenda Cultural, como ampliou o leque de atividades culturais, como exposições de fotografias e encontros literários, e o principal, a Tenda Cultural passou a homenagear personagens icônicos de nossa história, como Luciano Bastos em 2017, Ediniz Pereira Campos em 2018, que chegou a participar da abertura da festa e anunciou dois shows, e em 2019 o homenageado foi Élcio Xavier. 

Para registrar que houveram programações culturais diversas, em 2022 e 2024 foi realizada duas edições da Flic Bomjê, mas sem que nos oferecesse aquela essência histórica da Festa de Agosto, sendo que em 2023 não houve nada além dos shows no palco desproporcional.

A partir de 2022 a verdadeira Tenda Cultural foi extinta, dando lugar a um palco desproporcional ao centro histórico da praça Governador Portela, que somente apresentam três shows de vulto nacional e outros três locais nas aberturas, diferente da verdadeira e extinta Tenda Cultural que abria espaço para quase uma dezena de grupos musicais bom-jesuenses, e tantos outros artistas de outras searas. No entanto, ninguém do meio cultural de BJI sequer lamentou tamanho retrocesso, a apatia política da sociedade bom-jesuense nos impõe duras e amargas derrotas e retrocessos.



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