Blog do Frederico

O povo de Bom Jesus do Itabapoana vive seu momento político mais grave e degradante de sua história, iniciada desde 1850, quando observamos em 2025 todos os eleitos pelo povo, seja no executivo e legislativo, atuarem friamente contra o futuro de seus próprios eleitores neste escandaloso processo de entrega da água, iniciado em abril de 2021, e que está chegando em seu ponto culminante, mergulhando o município em uma crise de insegurança jurídica e econômica, com a flagrante disparidade entre a proposta apresentada pela CEDAE e a que está na preferência do prefeito, apresentada pelo CIDENNF. 

Este recorte do jornal O Norte Fluminense é do dia 03 de outubro de 1970, e nele estampava como a principal manchete o início do processo de reflorestamento dos morros da sede urbana de Bom Jesus do Itabapoana. O reflorestamento contaria com a doação de vinte mil mudas por parte da secretaria estadual de agricultura, com a prefeitura executando o trabalho, tendo ainda beneméritos bom-jesuenses como João Bousquet Júnior e Luisinho Teixeira doando terrenos entre o Monte Calvário e o Cruzeiro para o plantio. Há 54 anos atrás já se fazia necessário o reflorestamento dos morros do entorno da sede do município, e naquela época não haviam os lamaçais nem ocupação desordenada nas encostas da cidade. Lamentável que este reflorestamento jamais tenha saído do papel.

Em destaque nesta imagem, temos um grande remanso entre as cachoeiras Santa Rosa e do Alceste Sá Viana, e este grande remanso será soterrado, pela degradação do solo verificado na montanha acima do remanso. O soterramento deste remanso ocasionará em violento impacto do rio Itabapoana nas residências ribeirinhas que temos no bairro Sebastião Pimentel Marques, vai elevar o nível de inundação do rio nas ruas do Centro, e certamente vai também impactar na parte baixa do bairro Lia Márcia e na comunidade do Inhame em Santa Isabel. O detalhe é que, esta montanha é a mesma da cratera do bairro Santa Rosa e da cratera do bairro Bela Vista. Motivos não faltam para o poder político desapropriar toda essa área para promover a recuperação ambiental.

Dois destaques circulados: 01 - o círculo menor é um loteamento realizado há alguns anos, com a publicidade de que seria um novo conceito de moradia, em "sintonia com a natureza", mas que na verdade o trabalho de terraplanagem se constitui em grave violação ambiental, com a remoção de uma encosta em direção à margem do rio, em local que era uma área de dispersão das cheias do Itabapoana, e que agora está comprimida em um aterro z que já causa reflexos na parte baixa do bairro Lia Márcia de BJI e no bairro Silvania de BJN. 02 - Essa grande montanha demarcada no círculo maior, é causadora do lamaçal da avenida Governador Roberto Silveira, da erosão gravíssima da rua Roney Carrereteh Alves no bairro Novo, das enxurradas de lama da parte alta do bairro Lia Márcia e Parque Trevo, e de parte das inundações da Asa Branca, e do assoreamento no lago José Neves.